domingo, 27 de junho de 2010

Leitura temática: Cultura sociodinamica

O ciclo socio-cultural

                           Fig. 1 - Esquema culturológico de Moles.




Neste ciclo os quatro elementos fundamentais são representados por rectângulos. O MACRO-MEIO representa a massa, a sociedade no sentido mais geral, da qual todos fazem parte. Mesmo o CRIADOR faz parte dessa sociedade; a sua criatividade é a sua capacidade de produzir ideias novas; emite mais mensagens do que aquelas que recebe. O CRIADOR exerce a sua actividade em todos os domínios – técnico e artístico – é aquele que age. A sua acção exerce-se sempre, primeiramente, num MICRO-MEIO que é um dos sub-conjuntos da sociedade, formado, por exemplo, pelos especialistas de uma disciplina qualquer, por aqueles que têm os mesmos gostos e os mesmos conhecimentos. Estes MICRO-MEIOS vão desde as sociedades de cientistas, às associações desportivas – são as corporações de outrora, as associações de hoje – que a introduzir têm os seus modos de comunicação e de circulação das ideias e que põe à experiência os contributos dos colegas e confrades, antes de os deixarem circular pelo grande público. E isto através dos MASS -MEDIA que são, tradicionalmente, a imprensa, o cinema, a rádio e a televisão. Mas estes MASS-MEDIA não funcionam em circuito fechado pela simples iniciativa dos criadores. Existem também os mediadores que escolhem, filtram, orientam e tomam uma DECISÃO em função de VALORES de pressões ou de interesses.


O ciclo funciona da seguinte maneira: a CULTURA DE MASSA viva e adquirida – espécie de bagagem comum de uma dada sociedade – banha o CRIADOR de ideias de toda a espécie, a partir das quais ele cria OBRAS OU PRODUTOS NOVOS. Esses produtos e ou criações podem ter logo uma «acção sobre o mundo», podem ter logo aplicações técnicas precisas, antes mesmo de serem postas em circulação no ciclo, através do MICRO-MEIO. A ideia nova ou a criação é analisada, julgada, avaliada, antes de ser filtrada no QUADRO SOCIO-CULTURAL, uma espécie de filtro em que as malhas são compostas por todo o saber da humanidade e que se modifica por estratificação, pelo contributo de acontecimentos exteriores e cumulativos (historicidade).

Uma vez que essas ideias novas e essas criações foram aceites e «produzidas» pelos MASS-MEDIA tornam-se PRODUTOS CULTURAIS bastante semelhantes aos outros produtos de consumo, obedecendo a certas leis do mercado e finalmente, são lançadas no MACRO -MEIO isto é, na sociedade, a qual vão necessariamente modificar. E o ciclo recomeça. A única coisa que pode variar é «a velocidade da circulação das ideias» e A. Moles pergunta-se se é «possível e desejável acelerar ou diminuir a velocidade de rotação deste ciclo.»


Numa altura de particular pressão consumista, a que os bens culturais naturalmente não escapam ilesos, importa reflectir sobre até que ponto todos nós consumidores de bens e serviços culturais e criativos, estamos a efectivamente a exercer o nosso livre arbítrio e fazemos as nossas próprias escolhas de forma independente e consciente, num domínio em que a variedade da oferta parece ser substancialmente elevada (no limite, todos os produtos serão minimamente diferenciados uns dos outros) e o campo de escolha tendencialmente alargado.

“Janelas abertas sobre o mundo”, “espelhos da sociedade contemporânea” ou “catalisadores da vida sociocultural”, os media são tidos por um “quarto poder”, um “contrapoder”” ou até pelo novo “segundo poder”…

O facto é que os media ocupam doravante um espaço central na estruturação das nossas democracias.

A história da minha vida

Ficha técnica


Titulo: “A história da minha vida”

Duração: 00:01:18

Ano de lançamento: 2010

Argumento/ Realização: Joana Fernandes

Música: Best of Kizomba, Preocupação de Grace Évora

Programa: ProShow Gold

Guião



Sinopse:


Neste vídeo apresento em breves minutos o meu percurso de vida. Nela constam as pessoas mais importantes da minha vida. Exponho os meus 22 anos de existência em pequenos retratos.
Reflexão critica da experiência:


Este trabalho foi bastante enriquecedor, aprendi a realizar um filme, descobri um programa novo. Este vídeo também serviu para reviver emoções e relembrar momentos fantásticos da minha vida. Encontrei algumas dificuldades, entre as quais, o facto de nunca ter trabalhado com o programa Proshow Gold e o tempo do filme era muito curto, um minuto é pouco tempo para realizar este tipo de vídeo.

O contexto institucional UM – a ‘migração’ para a net






No contexto institucional da Universidade do Minho, a ‘migração' para a internet, tem como principais iniciativas: o Campus Virtual, o RepositoriUM, os laboratórios virtuais e o repositório de e-conteúdos.



                                            Laboratório virtual
Abril de 2005 - Projecto pioneiro na Universidade do Minho.

Os laboratórios virtuais possibilitam ao aluno o acesso a múltiplas determinados experiências virtuais; acesso a animações gráficas; ferramentas que preparem o trabalho em casa ou a distância.
 Introduziram novas tecnologias no ramo da aprendizagem; alargaram os recursos de educação contínua e ainda promover o “e-Learning”.
   O “software” permite também que o aluno tenha a possibilidade de trabalhar em experiências, que não podem ser efectuadas em “laboratório real”.Possibilitam o acesso aos seus recursos, por pessoas localizadas em qualquer lugar, cuja utilização e desenvolvimento tem um custo reduzido, não tendo restrições de tempo e limitações de espaço.
  

O projecto “Laboratórios Virtuais” está disponível em www. vlabs.uminho.pt



                                               Campus virtual


    O Campus Virtual tem como principal finalidade incentivar e facilitar a produção, o acesso e a partilha de conhecimentos académicos, sendo uma iniciativa inovadora.
   Este projecto evidencia uma aposta na formação e sensibilização para a utilização das TIC no processo de ensino-aprendizagem no seu quotidiano.

Second life

   Após a apresentação da proposta por parte da professora, de desenvolver o tema ambientes virtuais, o grupo decidiu debruçar-se sobre o Second life. O trabalho constou na colocação do nome do programa no motor de busca Google, surgindo cerca de 239.000.000 resultados.
   O Second life é um ambiente virtual e tridimensional que simula em alguns aspectos a vida real e social do ser humano. Pode ser um jogo, um mero simulador, um comércio virtual ou uma rede social.
   O nome "Second life" significa em inglês "segunda vida", que pode ser decifrado como uma "vida paralela", uma segunda vida além da vida "principal", "real". Dentro do próprio jogo, o jargão utilizado para se referir à "primeira vida", ou seja, à vida real do usuário, é "RL" ou "Real Life" que se traduz literalmente por "vida real".
   O número de usuários conectados ao programa estão nos 60 000.
   A aplicação em 3D cria uma meta universo para comunidades virtuais. Simula perfeitamente um ambiente tridimensional e utiliza animação em 3D e avatares. Graças ao realismo da animação, os avatares podem sentir, ver ou experimentar uma interacção real.

   Com uma rede social complexa, o Second Life também sofreu críticas da imprensa e opinião pública por não conseguir controlar crimes virtuais como racismo e crimes relacionados à pedofilia
   Muitas universidades e empresas aderiram ao Second Life para educar e treinar, inclusive as Universidades de Harvard e Oxford.Em 2007 passou a ser utilizado como um meio de ensino de línguas estrangeiras. Educadores, tanto em Second Life quanto na vida real, começaram a usar o mundo virtual para ensinar. Uma lista de projetos educacionais em Second Life (incluindo algumas escolas de línguas) podem ser encontrados no site SimTeach.

   Em português, existe um livro específico sobre o tema:



Carlos Valente e João Mattar. Second Life e Web 2.0 na Educação: o potencial revolucionário das novas tecnologias. São Paulo: Novatec, 2007. pp.280. ISBN 978-85-7522-147-1

   Este programa é interessante e por vezes bastante útil mas também pode tornar-se perigoso devido a fantasia que proporciona aos seus utilizadores

Linha temporal

Implicações das TIC em Rede na Sociedade: visão prospectiva. Análise e comentário reflexivo do filme ‘EPIC 2014’ (em associação com o filme ‘The Machine is Us’ e o extracto ‘Saramago e Janela de Alma’)

A primeira ideia que surge é precisamente a de uma ruptura entre dois mundos: um, o de Saramago, vivo, humano, feito com gente que pensa ou que não pensa, que tem espírito crítico ou não, que é dominada ou não pela ditadura económica contemporânea; outro feito de máquinas, hoje absolutamente necessárias ou não, produtoras de “redes e relações” mas também de dependências e de lixos descomunais que vão ferindo de morte o Planeta. Este é um mundo impessoal, onde parece não haver crianças a morrer de fome, como as referidas por Saramago, e que foi iniciado, nos inícios dos anos oitenta, por Tim Berners-Lee, e que, em 1989, com a invenção da World Wide Web (WWW) vai dar início a um processo imparável de desenvolvimento da “rede” ou dessa teia de aranha global que hoje nos envolve.






Da Web para a Amazon.com (1994) e vendas na rede, para o motor de busca Google (1998) e outros motores de busca, para o Blogger e o Friendstar (1999), todos eles sempre em aperfeiçoamento permanente (basta ver o Google e a sua aquisição do Gmail e todos os “serviços” que “oferecem” aos “clientes”.



A ideia do 4.º poder, o mediático, acordar, em 2011, não parece realista, pelo menos na sociedade portuguesa. Continuarão, como nós, embalados pela estrela consumista, erigindo-a como o deus dos novos tempos.



O documentário “EPIC 2014” começa, de facto, de um modo ambíguo, dizendo que é o melhor e o pior dos tempos. Será, talvez, melhor para quem tenha acesso às novas tecnologias e pior para os “infoexcluídos”; ou precisamente o contrário (por que não?): o melhor, para quem não dependa do “conjunto de trivialidades, em sua maioria falsas” e o pior para os aprisionados a este mundo mediático, sem tempo para viver, sentir, saborear o quotidiano. Poderíamos falar, mesmo, em “máquinas de emissão-recepção”. Aqui, a ligação ao discurso de Saramago parece evidente: há gente que pensa, há pessoas que resistem, e outras não. Sem espírito crítico, a humanidade perde-se e é dominada ou pela ditadura económica ou pela ditadura das informações.

O potencial da blogosfera

A internet trouxe-nos outros elos, outras redes de comunidades personalizadas, de que são exemplo os chatrooms , os blogs e a facilidade de conversar gratuitamente com alguém, através do Skype, do Voipbuster ou de outro qualquer servidor. Mas, mais ainda, os utilizadores são qualificados na net e "guiados" para fóruns ou chatrooms consagrados aos seus interesses ou preocupações pessoais. Trata-se de uma "comunidade personalizada", a que podemos acrescentar outros exemplos. Hoje, há uma verdadeira "personalização" na net: através da história da navegação de cada um, há publicidade e serviços personalizados. Uma pesquisa num motor de busca pode despoletar informações não solicitadas e "guiar" o internauta para produtos adicionais relacionados com os seus interesses. Mesmo a publicidade incluída nas páginas de busca vive desses interesses manifestados na pesquisa.


Outro exemplo interessante de comunidades personalizadas pode ser registado a partir dos blogs e das comunidades blogueiras. Normalmente, o grupo de "leitores" de um blog funciona como uma rede de relações: lêem-se uns aos outros, citam-se mutuamente, inserem links de outros blogs e, mais ainda, deixam os seus comentários aos "posts" publicados. Cria-se, assim, uma "comunidade personalizada", organizada em redes de relações muito diversificadas, conforme os interesses de cada um.

Dificuldades na criação do blogue

A principal dificuldade que encontramos na criação do blogue passaram por a descoberta dos procedimentos a adoptar para a sua criação.  A personalização do blogue também foi complicado, principalmente no modelo a utilizar. A solução encontrada foi a utilização do motor de pesquisa Google, respondendo a todas as nossas dúvidas. Foi um trabalho dificil mas muito enriquecedor.